Nossa, mais um sábado e eu aqui... Faz tanto tempo que não sei o que é curtir uma noite legal, dançar de monte, ter muitos amigos.
O tempo que eu ia para Jarinu com as meninas era divertido, pois sabíamos que todo sábado íamos aquele lugar, dançaríamos muito e quando voltássemos, estaríamos cansadas, mas alegres, pois tínhamos nos divertido mais uma noite. Tinha os meninos que iam juntos também, as paqueras, as loucuras, todas loucuras normais, pois não extrapolávamos em nada, simplesmente curtíamos.
Até hoje adoro música, balada com som alto, mas veio o casamento, cada um seguiu seu caminho, o meu deu uma volta, voltei a ser sozinha, curti mais um pouco, mas nada era como antes, e hoje sou mãe e meu papel é ficar em casa cuidando do meu filho.
Às vezes sinto falta daqueles dias, mas são dias que não voltam mais e hoje tenho que dar graças a Deus pelo filho que me foi dado, cheio de saúde, esperteza, amor, carinho, inteligência, só que não dá para ter tudo na vida e sempre temos que ceder em algo. Para eu ter um filho, precisei abri mão de muitas baladas, saídas, independência, curtição, mas para ter tudo isso, precisaria abrir a mão do meu filho.
Tudo é uma questão de escolha ou será que a nossa vida já vem traçada e nem temos a oportunidade de escolher. As coisas acontecem e nem sabemos porque e simplesmente nos resta aceitar os acontecimentos. Agora mesmo, o problema de dirigir que ando tendo. Fico a me perguntar o porque passei mal naquela manhã e porque a partir daquele dia fico nessa de sentir pavores quando estou sozinha no carro. Se estou com alguém vou para qualquer canto, mas sozinha, já vem o friozinho na barriga, aquele mal estar e um medo que não sei de onde vem.´
É coisa da minha cabeça, sei disso, mas vai dizer para o medo que vem não sei de onde. Eu que sempre adorei dirigir, e era justamente dirigir que me relaxava, que me acalmava nos meus maiores momentos de nervosismo. Não adianta me perguntar porque senti aquilo, não adianta me perguntar porque continuo sentindo isso, não adianta querer saber quando tudo irá passar. O que não posso é desanimar e desistir, tenho um filho para criar, que depende de mim e tenho que encarar, por maior que seja o medo.
Falta resposta para muitas coisas na vida das pessoas e se ficarmos perguntando muito, acabaremos por pirar, contudo o pior é que fico perguntando muito e é isto que acaba me deixando muito mal em alguns momentos. Queria tanto ser de outra forma e não sofrer tanto pelas interrogações da vida, mas essa sou eu, querendo ou não.
Aqui estou eu, solitária, precisando de um colo, um ombro amigo, carente de amor, carente de carinho, carente de alguém que me ame de verdade, e neste quarto, na frente desse computador escrevendo para ver se de alguma forma consigo muitas respostas. Para piorar um filho e dois sobrinhos que não querem dormir e ficam fazendo gracinha e brigando um com o outro. Bem, nunca pensei que com essa idade estaria assim, cuidando de crianças e sozinha amorosamente. Nunca pensei que ficaria eternamente casada, mas também não imaginei que estaria sozinha há tanto tempo. Também na vida não me sobra tempo para quase nada, a não ser trabalhar, estudar, cuidar do filho, as vezes dos sobrinhos e dos pais, de certa forma.
Essa semana mesmo não parei, cuidando de casa, levando minha mãe para o médico, trabalhando que nem uma louca e a única coisa que me aliviava era ficar na internet. Minha irmã acha que sou uma boba por causa disso, mas ela tem um noivo, uma vida ligth, não faz nada em casa, não ajuda em nada, passa a maior parte do tempo fora; já eu não tenho um amor, não tenho como sair e muitas vezes falta-me companhia e vontade e pouca coisa para me divertir, então a internet se tornou minha amiga.
Está vendo até numa coisa tão banal, as pessoas gostam de criticar as outras...
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