Nossa, quando pensei em criar um blog, pensei que se não desse para escrever todo dia, pelo menos seria uma constante, mas agora percebo que me enganei, pois demorei alguns dias. Falta de tempo, falta de assunto, nenhum acontecimento importante, nenhuma emoção precisando sair ou sei lá o que. Bem, pelo menos agora sei que irei escrever, só não sei quando.
Nossa, trabalhei tanto aqui em casa hoje, mas por mais estranho que pareça não estou com sono, posso estar cansada, mas sono e vontade de ir para a cama não.
Isso tudo veio com a maternidade, pois ser mãe precisa ser uma heroína, pois tem que cuidar do filho, trabalhar para não faltar nada para ele, ser uma dona de casa e ainda arrumar algum tempo para fazer coisas que lhe agradam e lhe dão prazer. Eu também gosto muito de estudar, fazer novos cursos e me aperfeiçoar enquanto profissional e com isso tudo haja pique, vontade e dedicação.
Essa sou eu no momento e minha mãe disse hoje que nem está me reconhecendo, pois fiz tantas coisas e ela diz que o fato de ser mãe não faz com uma mulher.
Bem, essa parte está bem resolvida em minha vida, agora será que a parte afetiva está comprometida ou resolvida? Não sinto vontade de ter alguém ao lado, mas penso ao lado e tem momentos que sinto falta de um colo, de um carinho, de alguém que me compreenda de verdade, mas por outro lado, a maternidade me trouxe uma seletividade excessiva nesse aspecto a tal ponto que analiso cada gesto, cada palavra, cada momento do sexo oposto, principalmente se este for um potencial companheiro e aí de companheiro passa a ser um simples amigo e olha lá.
Essa seletividade está me prejudicando e me deixando mais solitária ou me ajudando, pois não corro o risco de ficar me decepcionando a todo momento e muito menos expondo meu filho a ter contato com algum ser humano que não lhe traga nada benéfico.
Por outro lado, tem momentos que adoro estar só e não ter ninguém para me encher a paciência, me fazer cobranças, me irritar, me querer fazer de empregada (muitos homens ainda têm essa mentalidade) e isso eu não suportaria, até porque tenho o meu ritmo, gosto tudo no lugar até excessivamente e não sou muito de ter paciência e detesto pessoas sem capricho, sem arrumação, sem organização, principalmente a última que é um lema, por assim dizer, da minha vida, pois tanto pessoal, no lavar roupa, limpar uma casa, guardar roupa no guarda-roupa, como no profissional, que tudo tem que ser de forma minuciosa e organizada. Se minha sala de aula estiver desorganizada, com carteiras para todo lado, sem uma arrumação, me perco, parece que aquilo me prejudica, bem como se meu guarda-roupa estiver desorganizado, me perco e não consigo achar nada, por isso que ele nunca fica assim, estou sempre tendo o cuidado de arrumar as coisas na medida que vou guardando.
Minha médica disse-me que me cobro demais, que para mim não precisa ser o perfeito, mas tem que sempre me superar, fazer o melhor e não dá para colocar uma ordem, vendo prioridades, tenho que fazer tudo melhor. É ruim, pois isso faz a gente sofrer, te deixa sempre ansiosa, quer fazer um monte de coisa ao mesmo tempo e não dá para fazer algo de qualquer jeito, ou fazer algo e deixar outras coisas por fazer. Já fui pior, com o tratamento, melhorei muito, mas nesse momento minha vida está em um pé que de repente, a solidão, faz com que eu queira me sobressair em algumas coisas para não pensar em como estou vivendo, em como será o meu futuro sem ninguém, sem um companhia e que meu filho está crescendo e que como o tempo voa, logo, logo ele estará um moço e irá viver a sua vida. O que será de mim? Será que sou tão exigente assim? Estou mais seletiva, mas não tão exigente, mas os homens de hoje também estão estranhos, pois enquanto eu quero alguém como companheiro, amigo, eles logo pensam em curtição, sexo como algo banal, falam besteira e nem bem te conhecem já se acham no direito de ir além do que deveria estar.
Foi minha médica também que fez a ligação do meu lado afetivo solitário com o problema que ando tendo para dirigir quando estou sozinha no carro. Eu, que sempre amei dirigir, que dirigir me deixava tranquila, que ia para todo canto, quilômetros e mais quilômetros, sem horário, sem rumo, de repente agora me vejo com medo e uma tremenda ansiedade para dirigir pequenos espaços e durante o dia.
É horrível, pois parece que você perde o seu chão, te desestrutura toda, parece que você se torna tão insignificante e tudo aquilo que você conquistou parece ficar distante. Se preciso levar meu filho a pediatra, e como ela atende no início da noite, preciso que minha mãe me acompanhe, se tenho que ir trabalhar com o carro fico numa tremenda ansiedade e o estranho que para ir, vou numa boa, o problema é na volta. É algo insconsciente, difícil de ser explicado, pois do nado dá uma sensação estranha, um mal estar, o corpo estranho, a mente com pensamentos confusos e um medo.
Esses dias me assustei, pois senti medo vindo embora do trabalho com uma amiga da escola, ela dirigindo e assim mesmo aquele friozinho na barriga. Às vezes fico a me perguntar se isso nunca irá passar, se não voltarei a normalidade, mas o que sei que não posso desistir e insisto em dirigir, até que um dia tudo volte ao normal, pois tenho um filho para criar, tenho uma casa para construir, tenho uma vida para viver e quem sabe ainda vou viver um grande amor com muito respeito, e que essa pessoa ame meu filho como se fosse dele.
Também não adianta ficar me lamentando, tenho que seguir a minha vida e vencer os obstáculos que nelas estão me sendo colocados, pois deve ser uma provação e se eu passa por ela tudo será melhor.
Acho que o maior problema da maternidade foi a responsabilidade excessiva que me trouxe, pois o pai do meu filho uma hora dessa deve estar em uma balada, com outras mulheres e eu aqui, cansada de um dia trabalhoso, depois de uma semana que trabalhei fora, e que não vou mais para canto nenhum para passar uma noite, pois tenho a responsabilidade do meu fofo e jamais posso culpá-lo por isso, pois ele não pediu para vir ao mundo. Ainda falo pai dele, mas que pai é esse que só viu o filho uma vez em mais de dois anos, que acha que está fazendo seu papel de pai porque registrou o filho e paga pensão, isso se aquela "merreca" pode ser chamada de pensão, pois se eu realmente precisasse dela, não daria para pagar o convênio médico da criança. E ainda agora meu filho está começando a compreender que está faltando uma figura, a paterna, mesmo assim estou ensinando a falar o nome do pai e que ele mora distante, por isso não vem visitá-lo, mas mal sabe ele que o pai que não quer vir vê-lo e que a distância imensa é em torno de 30 km e que de ônibus nenhuma hora será gasto. Entretanto, quem sou para questionar o verdade alheia e se esta que ele quer viver, esta ele está vivendo e deixando de viver momentos maravilhosos, pois o filho é uma graça, esperto, inteligente e ele está perdendo as melhores fases do filho e por conta e risco dele, mas jamais direi algo que manche a ídole do pai ou que fale que ele esteja agindo de forma errada. Será com a história de sua vida, que meu filho verá o que ocorreu e fará a sua escolha, caso algum dia seu pai resolva lembrar que ele existe.
Eu vou escrevendo e de um assunto vou para outro e nem sei se tudo está ficando muito claro para quem possa interessar ler.
Agora vou dormir, pois o sono está me pegando e também sou filha de Deus e preciso descansar, pois ao acordar será um novo dia, novas expectativas, novas experiências e talvez o encontro da pessoa tão especial em minha vida.
Nossa abriu o coração. Gostei muito continue a escrever assim.
ResponderExcluirEvaldo
Obrigada por visitar meu blog, depois de ler o seu, deixo para vc...o q vc realmente é...
ResponderExcluirv
v
v
Essa é a mulher guerreira
Que se faz de forte
Mas ao mesmo tempo é tão frágil
Como um cristal...
Mas que não se deixa quebrar tão facilmente