Sei lá, porque me deu a louca de ter um blog, mas vai ver que ando sentindo sozinha, sem ter com quem falar e mesmo que falasse para as pessoas tudo o que penso ou sinto, sei lá se me compreenderiam. Me acho tão diferente das pessoas da minha idade e por isso, muitas vezes tenho que pagar um preço alto, ser zoada, criticada.
Enquanto toda mulher sonha em casar, vestir de noiva, ter filhos, eu não, casei porque a vida me pressionou a isso, mas esse casamento não durou muito, contudo eu tinha plena consciência que eu iria ser feliz enquanto durasse e depois se fosse o caso, cada qual iria para o seu lado.
Separar não foi uma decisão fácil, até porque eu tinha um ótimo marido, mas com tanta intromissão familiar, com comportamentos infantis, não deu outra. Tinha que reconstruir minha vida e fui a luta, tentei, quebrei a cara, mostrei depois que tenho valor, e a pessoa continua a me procurar, mas logo após um envolvimento veio uma gravidez.
Esse fato me deixou meia maluca, pois com tanta coisa na cabeça nunca me passou pela cabeça ser mãe, já era difícil cuidar de mim mesma, o que diria cuidar de outro ser tão dependente de mim. Mas a gravidez estava lá e não tinha como correr, tive que levantar a cabeça e ir a luta.
O pai? Esse acreditou que eu faria qualquer coisa para viver ao lado dele e me exigiu tantas coisas, que não fui com cara e coragem e apesar de tudo, pensei, raciocinei e escolhi o melhor para eu e meu filho. A escolha? Fácil... criar ele continuando morando com meus pais. Com isso o pai dele achou que se afastando dele, seria um castigo para mim.
Que nada, hoje meu filho tem 2 anos, é a razão da minha vida, e o pai? Só veio vê-lo apenas uma vez, acha que está ganhando, mas está perdendo cada coisa da vida do filho que cada dia está mais esperto, inteligente, sabe muitas coisas e não há que não se encante com ele, e em qualquer lugar que vamos, sempre chama a atenção. Quem está perdendo? O pai, é claro. Claro que fico preocupada, pois daqui uns dias, meu filho irá perguntar pelo pai e aí eu terei que falar a real, não posso mentir, tenho que dizer que o pai que se afastou, pois por mim, ele poderia vê-lo no momento que quisesse.
Mesmo com tudo isso, sei que cada um tem a sua verdade e a dele é diferente da minha e deve estar acreditando que está fazendo o correto e infelizmente contra isso nada posso fazer.
Depois disso tudo, quase 3 anos vivendo para meu filho, agora estou me descobrindo como mulher de novo e a carência afetiva está pintando em minha vida, mas confesso que tenho medo, pois na atualidade ouvimos cada história e eu não suportaria saber que por uma escolha errada minha, meu filho possa sofrer alguma consequência, então ao mesmo tempo que penso que está na hora de reconstruir a minha vida e ter uma companhia, fico com medo e acredito que 0 melhor é ficar sozinha.
Talvez tenho medo de me decepcionar. Estranho, mas as pessoas andam tão estranhas e os homens nem se falam. Hoje falam que você é maravilhosa, amanhã nem olham mais para você. como pode ocorrer uma coisa dessa? Dizem que mulheres fazem o mesmo e acho que deve até acreditar, mas não é o meu caso, pois eu quero alguém que me ame do jeito que sou, que me compreenda, que me respeite e que aceite meu filho e o ame assim como amaria a um filho biológico seu.
Queria compreender o motivo de muitos prometerem rios e fundos e depois fazer de conta que nada ocorreu. Será que sou eu, que de repente, fiquei muito sonhadora, e ainda acredito em um príncipe encantada? Sei lá, só sei que não sei nada e que minha vida continua, trabalhando, vivendo, criando meu filho, com vontade de sair para baladas, mas que a responsabilidade me chama para a vida real.
Por que ninguém me compreendem ou porque acham que sou diferente? Vai ver que é porque aceito amizade com pessoas de todas as idades e até jovens me aceitam. Tenho uma amiga de 18 anos e gosto muito dela, é mãe e pai como eu e cria sua filha muito bem. Só que a maioria das pessoas não compreendem nossa amizade porque eu tenho 36 anos e ela 18. Ninguém compreende como eu consigo ficar horas na internet conversando com adolescentes, que foram ex-alunas minhas e eu adoro, pois é um sinal que passei pela vida delas e marquei, fui uma ótima professora, pois em caso contrário, já teriam me esquecido, não acham? E nessa de me acharem estranha, no que sou mais criticada é que sempre me interessei pelo sexo oposto mais jovens do que, principalmente agora, pois os da minha idade gostam de coisas estranhas para mim e os jovens são mais bonitos, mais cheios de vida, adorados, e me dou bem com eles. Será que isso é um defeito meu? Não, pois é de mim...
Até tento me interessar por pessoas da minha idade ou mais velhas, mas quando começam a falar o papo é chato, falam muito de emprego, de aposentadoria (rsss), do quanto são bons nisso ou naquilo, enquanto que a maioria dos homens entre 25 e 30 anos ficam mais na dele para não terem o perigo de cometerem uma gafe com uma mulher mais experiente, mais vivida. E para ajudar tudo isso, quando vou para algum lugar, acabo chamando a atenção de rapazes mais novos e talvez pelo meu jeito, acham que tenho bem menos idade do que realmente tenho.
Agora mesmo tem uma pessoa, bem mais nova do que eu, que está a me cortejar, me dizendo coisas lindas, difícil de resistir, mas agora não sou somente eu, tenho um filho, e não ficaria bem me relacionar com alguém bem mais novo do que eu, até porque esse só tem 19 anos e ainda não está estabelecido em sua vida, tem alguns empecilhos também. Então fico na minha para não me envolver por completo, pois ficaria difícil, tenho que manter a cabeça no lugar e querendo ou não aceitar muitas regras impostas pela sociedade e a cultura existente há milhares de anos.
Já são quase 3 anos sem ninguém, sem beijos, sem abraços, sem carinho, sem ninguém para dividir os problemas, as alegrias, as tristezas e tanta coisa mais, que nem sei muito o que pensar e tenho passado por maus pedaços nos últimos tempos, até mesmo porque a responsabilidade é tanta e a cobrança também que chegou uma hora que explodi, por isso estou em tratamento, quero tanto melhorar, mas tem dias que está difícil e isso tudo está ligado a essa carência também.
Pelo menos gostaria de ter uma família mais normal, no entanto querer perfeição é demais e ter um pai como o meu é complicado. Seus valores são estranhos, o tratamento com os filhos pior ainda, quer saber de tudo, sem saber de nada, quer mandar em tudo, sem mandar em nada, quer respeito, sem respeitar as pessoas. Ele é só cobrança, cobrança e cobrança, tudo que o filho gasta tem que pagar centavo por centavo e a pressão é tão grande que nossa que até para ajudar em empréstimo de dinheiro é um saco, é para ser mais fácil dever para o banco do que para ele. Sinceramente ele envergonha-me em muitas situações, quer ganhar tudo no grito e dar mais valor ao carro, pois com este pode gastar tudo, mas com os filhos não e só faz as coisas para os filhos se lhe pagarem. Com tudo isso, eu não poderia ser normal mesmo.
Acho que sou até normal demais, mas meu psicológico tinha que ser afetado de alguma forma, pois nunca meu pai demonstrou orgulho do que sou, do esforço que faço, do quanto me esforcei para estudar e tudo o mais. E olha que enquanto profissional sou muito elogiada, também me esforço ao máximo, pois não vou para minha sala de aula ganhar dinheiro, ali depende vida, seres humanos e que estão ali para aprenderem e a minha maior alegria é que eles aprendam e me esforço tanto para isso, a alegria é tanta que só vendo.
Acho que a vida de ninguém é fácil, e a minha também não, mas me conformo pois com certeza existem outras bem piores, pois eu graças a Deus tenho um emprego, tenho um filho lindo, tenho um carro que me leva para todo canto, me alimento bem, me visto como gosto, simples, mas do meu jeito, não falta nada para meu fofinho, o restante são coisas da vida e nervosismo...
Acho que para o começo e para começarem a me entenderem está bem. Com o tempo vou escrevendo muito mais e espero ser compreendida por quem resolver ler essas palavras de desabafo, euforia, ou qualquer outra coisa parecida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário