sábado, 12 de setembro de 2009

Vida nova

Confesso que não consigo entender o motivo de muitas pessoas se incomodarem demais com a vida alheia e se acharem os donos da verdade.
Eu prefiro muito mais escrever do que falar, principalmente aqui em casa, pois minha família nunca deu abertura para tanto, então em muitos momentos é melhor omitir do que falar e ser criticada, ainda mais se a omissão não for ocasionar nenhum mal. Como é chato você ser criticada por tudo, até pelo mesmo pelas escolhas de suas amizades, ainda se essas amizades fossem de má indole, vamos lá, mas não, pois se tenho amigos jovens, porque sou louca e não me comporto de acordo com a minha idade; se gosto de sair para dançar, porque estou muito velha para tal e assim, assim, assim.... Isso cansa qualquer um, ainda mais eu.
Com tanta coisa assim é só para deixar a gente enlouquecer mesmo, mas eu me mantive firme e forte, apesar de muitos problemas pelos quais passei, e via no meu filho a razão para me recuperar e ter uma vida, não normal como gostaria que fosse, mas pelo menos mais adequada.
Pensei que Deus havia me esquecido, mas não, Ele se lembrou que eu também sou filha dele e quando menos esperava um alguém apareceu na minha vida e do meu filho para iluminá-la e nos trazer a alegria que faltava. Dá até medo de imaginar que essa alegria toda seja momentânea, pois é tão imensa que parece que a qualquer momento possa acabar, mas se não for eterna, pelo menos vou vivê-la ao máximo enquanto puder.
Estou falando de uma pessoa maravilhosa que conheci há uns dias, e tudo começou tão de repente, que quando nos demos conta, já estávamos namorando, estávamos juntos, vivendo um amor tão imenso, que nem nos damos conta que não faz tanto tempo assim que estamos juntos e ao mesmo tempo parece que já faz um imenso tempo.
Moramos em cidades diferentes e um pouco distante e por isso só nos vemos nos finais de semana, mas todos os dias nos falamos por telefone, enviamos mensagens no celular, no orkut, no msn, nos curtimos muito. Ele é tão doce comigo e com meu filho, e meu filho que é uma criança e dizem que criança sente quando é bem tratada e é super sincera, gosta tanto dele, se deu super bem com ele e ele por sua vez, dá tanto carinho para ele, o trata tão bem.
Sei que início é tudo maravilhoso, então estou aproveitando ao máximo e sei que essa pessoa é maravilhosa, sincera, honesta e sabe o que quer da vida, pois abriu seu coração, é tão carinhoso, calmo, tranquilo e me passa uma paz tão grande...
Com tudo isso, eu melhorei em alguns aspectos, estou me sentindo mais forte, feliz, risonha, com tanto amor e até o meu problema em dirigir está bem melhor, pois estou mais fortalecida, alegre, feliz e sonhadora, voltei a sonhar e isso é muito bom e como é bom.
Claro que no meio disso tudo não posso me esquecer que sou mãe, tenho minhas responsabilidades e que acima de qualquer coisa está meu filho, sangue do meu sangue, pois ele é a razão mais importante do meu viver e do meu ser e é por ele que acordo todos os dias com imensa força para trabalhar, lutar e criá-lo.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Seres humanos são complicados

Meu Deus, não sei se sou eu que procuro a perfeição e gostaria de viver em um mundo onde todos pudessem se amar plenamente e se ajudarem mutualmente, mas não, no nosso mundo os seres humanos parecem que só querem fazer o mal para o outro, verem o "circo pegar fogo" e tudo isso por coisa banal, simplesmente para prejudicarem as pessoas, destruirem amizades, casamentos, desarmonizar ambientes.
É muito dífícil compreender isso, mas acho que tem pessoas mesmo que fazem de tudo para fazerem o mal para outras pessoas e não sossegam enquanto não conseguem isso e também pensam tanto em si, que se fazem passar por santa, mas são o próprio ser ruim em papel de cordeirinho e depois ainda tem a capacidade de fazerem a maior cara de inocente, como se nada tivesse ocorrido.
Eu já passei por algumas escolas em minha vida e vivi muitas vezes na pele o que é viver com outras pessoas que não conseguem aceitar que cada pessoa tem sua personalidade e podem se destacar ao seu modo e por isso fazem de tudo para puxarem o tapete de quem quer que seja, só para não se sentirem menosprezada ou em um ponto inferior e para atingirem objetivos chegam a fazerem cada coisa que só vendo.
Entretanto com tudo que passei em tantos anos de profissão e convivendo com diferentes seres humanos, nunca imaginei que pudesse dizer que a escola que escolhi para trabalhar os restos dos meus dias, a qual considerava um verdadeiro paraíso se tornasse o que é hoje e que nela pudesse trabalhar tantas pessoas maldosas, ruins, fúteis, sem escrúpulos, tão falsas.
Olha que já são quase 10 anos lá trabalhando, onde tudo era calma, escola de zona rural, tudo pequena, poucas professoras, poucas pessoas, longe de um mundo falso e terrível, com crianças maravilhosas e de uma educação não perfeito, mas um tanto próxima.
Nem 10 anos se passaram e não é que a melhoria do ensino trouxe mais profissionais da Educação para a escola (especialistas em determinadas áreas), por ser um pouco distante da zona urbana, algumas professoras saíram e outras vieram, acreditaram na necessidade de aumentar o número de funcionários para limpeza, cozinhar, cuidar das crianças, aula de informática, e tantas coisas. Não posso falar mal de todas essas pessoas novas que se agregaram no decorrer dos anos, mas construi muitas amizades com algumas delas, mas claro que no meio disso tudo tinha que aparecer algumas frutas estragadas, assim como aparecem em todos os lugares. Mas será que todos os lugares ocorrem isso mesmo?
Fico me perguntando cadê a minha paz para me dedicar aos meus alunos e continuar sendo o que sempre fui, sem precisar ser falsa, sem precisar passar por cima de ninguém, sem precisar cruzar o portão da Unidade Escolar e me deparar com pessoas que naquele dia não vão me cumprimentar, porque no dia anterior precisei alguém discutiu com ela e envolveu o meu nome no meio. Isso tudo sem contar que tenho que medir as minhas palavras, pois um comentário bobo e sem maldade pode chegar ao ouvido de outra pessoa, como se a tivesse rebaixado, humilhado e tudo pelas suas costas.
Sabe, muitas coisas andam ocorrendo, tento não levar a ferro e fogo e me dar com todos, mas essa semana me senti mal, foi ontem, pois cheguei em casa com o corpo tão cansado, como se eu tivesse com um peso tão imenso nas costas.
O problema não tinha nem sido comigo, aliás não quiseram colocar meu nome no meio de tudo e nem imagino o motivo para tal, mas tal pessoa inverteu a fala de tantas pessoas e em um tom de fofoca tão grande que fez com que uma pessoa querida por mim se sentisse muito mal, pois como alguém se sentiria se alguém chegasse até ela e dissesse que todas pessoas do período contrário falaram muito mal dela? Eu com certeza me sentiria muito mal e o clima deste ambiente ficou muito pesado e eu não sou de deixar para trás, fui atrás, vi o que realmente tinha ocorrido e tentei contornar a situação e resolver. Ainda bem que de certa forma apaziguei, mas fico a me perguntar como que uma professora, que se diz educadora adota tão comportamento? Será que esse o exemplo que ela quer dar aos seus alunos. Talvez seja por isso que o povo brasileiro só pensa em se dar bem e não quer fazer o bem, faz aquilo que lhe convém e que vai trazer vantagens, isso tudo sem contar que os maus exemplos são tantos que as pessoas acabam acreditando em teatrinhos e na bondade de uma pessoa tão falsa, mesmo sabendo que anteriormente antes essa essa pessoa tenha cometido muitos atos ruins, agressões, metidos em confusão e tudo o mais, pois como que Dado Dolabella ganha um milhão, escolhido pelo povo, com uma porcentagem tão alta, pois de todos que passaram por ali, ele foi o melhor. Será que foi mesmo, será que foi merecido? Que nada, o povo julgou pela sua própria justiça e aí se percebe que a justiça desse povo anda um tanto confusa e daqui a pouco vão acreditar em Papai Noel e achar que estão vendo eles. A base para essa educação social, política, com ética, valores e morais, deveria vir de casa, mas as famílias estão perdidas, sobre o ambiente escolar, mas infelizmente neste ambiente trabalham pessoas que não podem servir de exemplo nem a um animal irracional, quanto mais a crianças em formação. O que será desse país? O que será desse mundo?
Porém um ambiente escolar não é formado somente por professores, há também outros funcionários e esses falham em muito e quando são contratados, esquecem de capacitá-los para trabalharem com crianças, esquecem capacitá-los para que compreendam que em todo ambiente de trabalho há uma hierarquia, e que ninguém é superior a ninguém enquanto ser humano, mas profissionalmente cada qual tem que cuidar e fazer da melhor maneira possível a sua parte, mas tem pessoas que se esquecem disso e se acham no direito de fazerem tudo ao seu modo, como se fossem donos do mundo e ainda querem tirar vantagem de tudo. É, é esse mundo que nossos filhos herdarão e fico a me perguntar como será meu filho em sua adolescência, pois dou o exemplo, mas ao redor tudo inspira ao contrário.
Estou dando exemplo em um ambiente escolar, pois é onde estou inserida, mas em todo ambiente de trabalho deve haver isso, em todo canto devem haver pessoas que querem mandar mais no que realmente podem, não ficam no seu lugar, que tem muitas pessoas que fazer de tudo para prejudicar outro que trabalha ao seu lado, tem muitas pessoas que não falam e sim soltam veneno de cobra pela boca com a maior naturalidade do mundo, bem como se esquecem que perante a Deus todos são iguais, mas fazem aqui o seu próprio Deus e não olham a quem vão pisar, magoar, queimar, chatear, fazer o mal, prejudicar e até fazer perder o emprego.
Onde será que irá parar tudo isso? Espero que passe, que os seres humanos se conscientizem da importância de uma vida em sociedade e que todos só pensam no bem estar do seu próximo...

sábado, 22 de agosto de 2009

Demorei, mas voltei

Nossa, quando pensei em criar um blog, pensei que se não desse para escrever todo dia, pelo menos seria uma constante, mas agora percebo que me enganei, pois demorei alguns dias. Falta de tempo, falta de assunto, nenhum acontecimento importante, nenhuma emoção precisando sair ou sei lá o que. Bem, pelo menos agora sei que irei escrever, só não sei quando.
Nossa, trabalhei tanto aqui em casa hoje, mas por mais estranho que pareça não estou com sono, posso estar cansada, mas sono e vontade de ir para a cama não.
Isso tudo veio com a maternidade, pois ser mãe precisa ser uma heroína, pois tem que cuidar do filho, trabalhar para não faltar nada para ele, ser uma dona de casa e ainda arrumar algum tempo para fazer coisas que lhe agradam e lhe dão prazer. Eu também gosto muito de estudar, fazer novos cursos e me aperfeiçoar enquanto profissional e com isso tudo haja pique, vontade e dedicação.
Essa sou eu no momento e minha mãe disse hoje que nem está me reconhecendo, pois fiz tantas coisas e ela diz que o fato de ser mãe não faz com uma mulher.
Bem, essa parte está bem resolvida em minha vida, agora será que a parte afetiva está comprometida ou resolvida? Não sinto vontade de ter alguém ao lado, mas penso ao lado e tem momentos que sinto falta de um colo, de um carinho, de alguém que me compreenda de verdade, mas por outro lado, a maternidade me trouxe uma seletividade excessiva nesse aspecto a tal ponto que analiso cada gesto, cada palavra, cada momento do sexo oposto, principalmente se este for um potencial companheiro e aí de companheiro passa a ser um simples amigo e olha lá.
Essa seletividade está me prejudicando e me deixando mais solitária ou me ajudando, pois não corro o risco de ficar me decepcionando a todo momento e muito menos expondo meu filho a ter contato com algum ser humano que não lhe traga nada benéfico.
Por outro lado, tem momentos que adoro estar só e não ter ninguém para me encher a paciência, me fazer cobranças, me irritar, me querer fazer de empregada (muitos homens ainda têm essa mentalidade) e isso eu não suportaria, até porque tenho o meu ritmo, gosto tudo no lugar até excessivamente e não sou muito de ter paciência e detesto pessoas sem capricho, sem arrumação, sem organização, principalmente a última que é um lema, por assim dizer, da minha vida, pois tanto pessoal, no lavar roupa, limpar uma casa, guardar roupa no guarda-roupa, como no profissional, que tudo tem que ser de forma minuciosa e organizada. Se minha sala de aula estiver desorganizada, com carteiras para todo lado, sem uma arrumação, me perco, parece que aquilo me prejudica, bem como se meu guarda-roupa estiver desorganizado, me perco e não consigo achar nada, por isso que ele nunca fica assim, estou sempre tendo o cuidado de arrumar as coisas na medida que vou guardando.
Minha médica disse-me que me cobro demais, que para mim não precisa ser o perfeito, mas tem que sempre me superar, fazer o melhor e não dá para colocar uma ordem, vendo prioridades, tenho que fazer tudo melhor. É ruim, pois isso faz a gente sofrer, te deixa sempre ansiosa, quer fazer um monte de coisa ao mesmo tempo e não dá para fazer algo de qualquer jeito, ou fazer algo e deixar outras coisas por fazer. Já fui pior, com o tratamento, melhorei muito, mas nesse momento minha vida está em um pé que de repente, a solidão, faz com que eu queira me sobressair em algumas coisas para não pensar em como estou vivendo, em como será o meu futuro sem ninguém, sem um companhia e que meu filho está crescendo e que como o tempo voa, logo, logo ele estará um moço e irá viver a sua vida. O que será de mim? Será que sou tão exigente assim? Estou mais seletiva, mas não tão exigente, mas os homens de hoje também estão estranhos, pois enquanto eu quero alguém como companheiro, amigo, eles logo pensam em curtição, sexo como algo banal, falam besteira e nem bem te conhecem já se acham no direito de ir além do que deveria estar.
Foi minha médica também que fez a ligação do meu lado afetivo solitário com o problema que ando tendo para dirigir quando estou sozinha no carro. Eu, que sempre amei dirigir, que dirigir me deixava tranquila, que ia para todo canto, quilômetros e mais quilômetros, sem horário, sem rumo, de repente agora me vejo com medo e uma tremenda ansiedade para dirigir pequenos espaços e durante o dia.
É horrível, pois parece que você perde o seu chão, te desestrutura toda, parece que você se torna tão insignificante e tudo aquilo que você conquistou parece ficar distante. Se preciso levar meu filho a pediatra, e como ela atende no início da noite, preciso que minha mãe me acompanhe, se tenho que ir trabalhar com o carro fico numa tremenda ansiedade e o estranho que para ir, vou numa boa, o problema é na volta. É algo insconsciente, difícil de ser explicado, pois do nado dá uma sensação estranha, um mal estar, o corpo estranho, a mente com pensamentos confusos e um medo.
Esses dias me assustei, pois senti medo vindo embora do trabalho com uma amiga da escola, ela dirigindo e assim mesmo aquele friozinho na barriga. Às vezes fico a me perguntar se isso nunca irá passar, se não voltarei a normalidade, mas o que sei que não posso desistir e insisto em dirigir, até que um dia tudo volte ao normal, pois tenho um filho para criar, tenho uma casa para construir, tenho uma vida para viver e quem sabe ainda vou viver um grande amor com muito respeito, e que essa pessoa ame meu filho como se fosse dele.
Também não adianta ficar me lamentando, tenho que seguir a minha vida e vencer os obstáculos que nelas estão me sendo colocados, pois deve ser uma provação e se eu passa por ela tudo será melhor.
Acho que o maior problema da maternidade foi a responsabilidade excessiva que me trouxe, pois o pai do meu filho uma hora dessa deve estar em uma balada, com outras mulheres e eu aqui, cansada de um dia trabalhoso, depois de uma semana que trabalhei fora, e que não vou mais para canto nenhum para passar uma noite, pois tenho a responsabilidade do meu fofo e jamais posso culpá-lo por isso, pois ele não pediu para vir ao mundo. Ainda falo pai dele, mas que pai é esse que só viu o filho uma vez em mais de dois anos, que acha que está fazendo seu papel de pai porque registrou o filho e paga pensão, isso se aquela "merreca" pode ser chamada de pensão, pois se eu realmente precisasse dela, não daria para pagar o convênio médico da criança. E ainda agora meu filho está começando a compreender que está faltando uma figura, a paterna, mesmo assim estou ensinando a falar o nome do pai e que ele mora distante, por isso não vem visitá-lo, mas mal sabe ele que o pai que não quer vir vê-lo e que a distância imensa é em torno de 30 km e que de ônibus nenhuma hora será gasto. Entretanto, quem sou para questionar o verdade alheia e se esta que ele quer viver, esta ele está vivendo e deixando de viver momentos maravilhosos, pois o filho é uma graça, esperto, inteligente e ele está perdendo as melhores fases do filho e por conta e risco dele, mas jamais direi algo que manche a ídole do pai ou que fale que ele esteja agindo de forma errada. Será com a história de sua vida, que meu filho verá o que ocorreu e fará a sua escolha, caso algum dia seu pai resolva lembrar que ele existe.
Eu vou escrevendo e de um assunto vou para outro e nem sei se tudo está ficando muito claro para quem possa interessar ler.
Agora vou dormir, pois o sono está me pegando e também sou filha de Deus e preciso descansar, pois ao acordar será um novo dia, novas expectativas, novas experiências e talvez o encontro da pessoa tão especial em minha vida.

sábado, 15 de agosto de 2009

Mais um sábado!

Nossa, mais um sábado e eu aqui... Faz tanto tempo que não sei o que é curtir uma noite legal, dançar de monte, ter muitos amigos.
O tempo que eu ia para Jarinu com as meninas era divertido, pois sabíamos que todo sábado íamos aquele lugar, dançaríamos muito e quando voltássemos, estaríamos cansadas, mas alegres, pois tínhamos nos divertido mais uma noite. Tinha os meninos que iam juntos também, as paqueras, as loucuras, todas loucuras normais, pois não extrapolávamos em nada, simplesmente curtíamos.
Até hoje adoro música, balada com som alto, mas veio o casamento, cada um seguiu seu caminho, o meu deu uma volta, voltei a ser sozinha, curti mais um pouco, mas nada era como antes, e hoje sou mãe e meu papel é ficar em casa cuidando do meu filho.
Às vezes sinto falta daqueles dias, mas são dias que não voltam mais e hoje tenho que dar graças a Deus pelo filho que me foi dado, cheio de saúde, esperteza, amor, carinho, inteligência, só que não dá para ter tudo na vida e sempre temos que ceder em algo. Para eu ter um filho, precisei abri mão de muitas baladas, saídas, independência, curtição, mas para ter tudo isso, precisaria abrir a mão do meu filho.
Tudo é uma questão de escolha ou será que a nossa vida já vem traçada e nem temos a oportunidade de escolher. As coisas acontecem e nem sabemos porque e simplesmente nos resta aceitar os acontecimentos. Agora mesmo, o problema de dirigir que ando tendo. Fico a me perguntar o porque passei mal naquela manhã e porque a partir daquele dia fico nessa de sentir pavores quando estou sozinha no carro. Se estou com alguém vou para qualquer canto, mas sozinha, já vem o friozinho na barriga, aquele mal estar e um medo que não sei de onde vem.´
É coisa da minha cabeça, sei disso, mas vai dizer para o medo que vem não sei de onde. Eu que sempre adorei dirigir, e era justamente dirigir que me relaxava, que me acalmava nos meus maiores momentos de nervosismo. Não adianta me perguntar porque senti aquilo, não adianta me perguntar porque continuo sentindo isso, não adianta querer saber quando tudo irá passar. O que não posso é desanimar e desistir, tenho um filho para criar, que depende de mim e tenho que encarar, por maior que seja o medo.
Falta resposta para muitas coisas na vida das pessoas e se ficarmos perguntando muito, acabaremos por pirar, contudo o pior é que fico perguntando muito e é isto que acaba me deixando muito mal em alguns momentos. Queria tanto ser de outra forma e não sofrer tanto pelas interrogações da vida, mas essa sou eu, querendo ou não.
Aqui estou eu, solitária, precisando de um colo, um ombro amigo, carente de amor, carente de carinho, carente de alguém que me ame de verdade, e neste quarto, na frente desse computador escrevendo para ver se de alguma forma consigo muitas respostas. Para piorar um filho e dois sobrinhos que não querem dormir e ficam fazendo gracinha e brigando um com o outro. Bem, nunca pensei que com essa idade estaria assim, cuidando de crianças e sozinha amorosamente. Nunca pensei que ficaria eternamente casada, mas também não imaginei que estaria sozinha há tanto tempo. Também na vida não me sobra tempo para quase nada, a não ser trabalhar, estudar, cuidar do filho, as vezes dos sobrinhos e dos pais, de certa forma.
Essa semana mesmo não parei, cuidando de casa, levando minha mãe para o médico, trabalhando que nem uma louca e a única coisa que me aliviava era ficar na internet. Minha irmã acha que sou uma boba por causa disso, mas ela tem um noivo, uma vida ligth, não faz nada em casa, não ajuda em nada, passa a maior parte do tempo fora; já eu não tenho um amor, não tenho como sair e muitas vezes falta-me companhia e vontade e pouca coisa para me divertir, então a internet se tornou minha amiga.
Está vendo até numa coisa tão banal, as pessoas gostam de criticar as outras...

Início de tudo

Sei lá, porque me deu a louca de ter um blog, mas vai ver que ando sentindo sozinha, sem ter com quem falar e mesmo que falasse para as pessoas tudo o que penso ou sinto, sei lá se me compreenderiam. Me acho tão diferente das pessoas da minha idade e por isso, muitas vezes tenho que pagar um preço alto, ser zoada, criticada.
Enquanto toda mulher sonha em casar, vestir de noiva, ter filhos, eu não, casei porque a vida me pressionou a isso, mas esse casamento não durou muito, contudo eu tinha plena consciência que eu iria ser feliz enquanto durasse e depois se fosse o caso, cada qual iria para o seu lado.
Separar não foi uma decisão fácil, até porque eu tinha um ótimo marido, mas com tanta intromissão familiar, com comportamentos infantis, não deu outra. Tinha que reconstruir minha vida e fui a luta, tentei, quebrei a cara, mostrei depois que tenho valor, e a pessoa continua a me procurar, mas logo após um envolvimento veio uma gravidez.
Esse fato me deixou meia maluca, pois com tanta coisa na cabeça nunca me passou pela cabeça ser mãe, já era difícil cuidar de mim mesma, o que diria cuidar de outro ser tão dependente de mim. Mas a gravidez estava lá e não tinha como correr, tive que levantar a cabeça e ir a luta.
O pai? Esse acreditou que eu faria qualquer coisa para viver ao lado dele e me exigiu tantas coisas, que não fui com cara e coragem e apesar de tudo, pensei, raciocinei e escolhi o melhor para eu e meu filho. A escolha? Fácil... criar ele continuando morando com meus pais. Com isso o pai dele achou que se afastando dele, seria um castigo para mim.
Que nada, hoje meu filho tem 2 anos, é a razão da minha vida, e o pai? Só veio vê-lo apenas uma vez, acha que está ganhando, mas está perdendo cada coisa da vida do filho que cada dia está mais esperto, inteligente, sabe muitas coisas e não há que não se encante com ele, e em qualquer lugar que vamos, sempre chama a atenção. Quem está perdendo? O pai, é claro. Claro que fico preocupada, pois daqui uns dias, meu filho irá perguntar pelo pai e aí eu terei que falar a real, não posso mentir, tenho que dizer que o pai que se afastou, pois por mim, ele poderia vê-lo no momento que quisesse.
Mesmo com tudo isso, sei que cada um tem a sua verdade e a dele é diferente da minha e deve estar acreditando que está fazendo o correto e infelizmente contra isso nada posso fazer.
Depois disso tudo, quase 3 anos vivendo para meu filho, agora estou me descobrindo como mulher de novo e a carência afetiva está pintando em minha vida, mas confesso que tenho medo, pois na atualidade ouvimos cada história e eu não suportaria saber que por uma escolha errada minha, meu filho possa sofrer alguma consequência, então ao mesmo tempo que penso que está na hora de reconstruir a minha vida e ter uma companhia, fico com medo e acredito que 0 melhor é ficar sozinha.
Talvez tenho medo de me decepcionar. Estranho, mas as pessoas andam tão estranhas e os homens nem se falam. Hoje falam que você é maravilhosa, amanhã nem olham mais para você. como pode ocorrer uma coisa dessa? Dizem que mulheres fazem o mesmo e acho que deve até acreditar, mas não é o meu caso, pois eu quero alguém que me ame do jeito que sou, que me compreenda, que me respeite e que aceite meu filho e o ame assim como amaria a um filho biológico seu.
Queria compreender o motivo de muitos prometerem rios e fundos e depois fazer de conta que nada ocorreu. Será que sou eu, que de repente, fiquei muito sonhadora, e ainda acredito em um príncipe encantada? Sei lá, só sei que não sei nada e que minha vida continua, trabalhando, vivendo, criando meu filho, com vontade de sair para baladas, mas que a responsabilidade me chama para a vida real.
Por que ninguém me compreendem ou porque acham que sou diferente? Vai ver que é porque aceito amizade com pessoas de todas as idades e até jovens me aceitam. Tenho uma amiga de 18 anos e gosto muito dela, é mãe e pai como eu e cria sua filha muito bem. Só que a maioria das pessoas não compreendem nossa amizade porque eu tenho 36 anos e ela 18. Ninguém compreende como eu consigo ficar horas na internet conversando com adolescentes, que foram ex-alunas minhas e eu adoro, pois é um sinal que passei pela vida delas e marquei, fui uma ótima professora, pois em caso contrário, já teriam me esquecido, não acham? E nessa de me acharem estranha, no que sou mais criticada é que sempre me interessei pelo sexo oposto mais jovens do que, principalmente agora, pois os da minha idade gostam de coisas estranhas para mim e os jovens são mais bonitos, mais cheios de vida, adorados, e me dou bem com eles. Será que isso é um defeito meu? Não, pois é de mim...
Até tento me interessar por pessoas da minha idade ou mais velhas, mas quando começam a falar o papo é chato, falam muito de emprego, de aposentadoria (rsss), do quanto são bons nisso ou naquilo, enquanto que a maioria dos homens entre 25 e 30 anos ficam mais na dele para não terem o perigo de cometerem uma gafe com uma mulher mais experiente, mais vivida. E para ajudar tudo isso, quando vou para algum lugar, acabo chamando a atenção de rapazes mais novos e talvez pelo meu jeito, acham que tenho bem menos idade do que realmente tenho.
Agora mesmo tem uma pessoa, bem mais nova do que eu, que está a me cortejar, me dizendo coisas lindas, difícil de resistir, mas agora não sou somente eu, tenho um filho, e não ficaria bem me relacionar com alguém bem mais novo do que eu, até porque esse só tem 19 anos e ainda não está estabelecido em sua vida, tem alguns empecilhos também. Então fico na minha para não me envolver por completo, pois ficaria difícil, tenho que manter a cabeça no lugar e querendo ou não aceitar muitas regras impostas pela sociedade e a cultura existente há milhares de anos.
Já são quase 3 anos sem ninguém, sem beijos, sem abraços, sem carinho, sem ninguém para dividir os problemas, as alegrias, as tristezas e tanta coisa mais, que nem sei muito o que pensar e tenho passado por maus pedaços nos últimos tempos, até mesmo porque a responsabilidade é tanta e a cobrança também que chegou uma hora que explodi, por isso estou em tratamento, quero tanto melhorar, mas tem dias que está difícil e isso tudo está ligado a essa carência também.
Pelo menos gostaria de ter uma família mais normal, no entanto querer perfeição é demais e ter um pai como o meu é complicado. Seus valores são estranhos, o tratamento com os filhos pior ainda, quer saber de tudo, sem saber de nada, quer mandar em tudo, sem mandar em nada, quer respeito, sem respeitar as pessoas. Ele é só cobrança, cobrança e cobrança, tudo que o filho gasta tem que pagar centavo por centavo e a pressão é tão grande que nossa que até para ajudar em empréstimo de dinheiro é um saco, é para ser mais fácil dever para o banco do que para ele. Sinceramente ele envergonha-me em muitas situações, quer ganhar tudo no grito e dar mais valor ao carro, pois com este pode gastar tudo, mas com os filhos não e só faz as coisas para os filhos se lhe pagarem. Com tudo isso, eu não poderia ser normal mesmo.
Acho que sou até normal demais, mas meu psicológico tinha que ser afetado de alguma forma, pois nunca meu pai demonstrou orgulho do que sou, do esforço que faço, do quanto me esforcei para estudar e tudo o mais. E olha que enquanto profissional sou muito elogiada, também me esforço ao máximo, pois não vou para minha sala de aula ganhar dinheiro, ali depende vida, seres humanos e que estão ali para aprenderem e a minha maior alegria é que eles aprendam e me esforço tanto para isso, a alegria é tanta que só vendo.
Acho que a vida de ninguém é fácil, e a minha também não, mas me conformo pois com certeza existem outras bem piores, pois eu graças a Deus tenho um emprego, tenho um filho lindo, tenho um carro que me leva para todo canto, me alimento bem, me visto como gosto, simples, mas do meu jeito, não falta nada para meu fofinho, o restante são coisas da vida e nervosismo...
Acho que para o começo e para começarem a me entenderem está bem. Com o tempo vou escrevendo muito mais e espero ser compreendida por quem resolver ler essas palavras de desabafo, euforia, ou qualquer outra coisa parecida.